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TODOS NÓS SABEMOS QUE ESTAR BEM, FAZ DIFERENÇA NA FORMA COMO OLHAMOS E CONDUZIMOS OS OUTROS ASPECTOS DA VIDA.

 

 As emoções acabam interferindo na forma como lidamos com as diversas situações que aparecem na vida.


Não se sentir aceito (a), estar descontente com algum aspecto físico, devido aos padrões de beleza impostos pela sociedade, desconforto emocional em relação ambiente que frequenta, podendo ser o espaço escolar ou não,pode sim, acarretar emoções diversas, como ansiedade, nervosismo, dentre elas a baixa autoestima, que acaba interferindo negativamente na APRENDIZAGEM.


As crianças, adolescentes e jovens, por estarem em processo de desenvolvimento e formação da personalidade, muitas vezes acabam sentindo –se descontente com aspectos físicos,alguns não se aceitam. Alguns se acham feios, estranhos, pouco aceito ou excluído do grupo, seja, de amigos ou familiares. E quando esse processo se torna muito intenso, acaba interferindo no emocional, podendo vir a acarretar problemas de aprendizagem e fracasso escolar. 


Tem sido cada vez mais comum, atender crianças, adolescentes, jovens, adultos com crises de ansiedade, desconforto físico (coração acelerado, suor excessivo, fadiga etc.) por diversos motivos. Sendo que muitos estão relacionados ao emocional. Essas crises são perceptíveis de forma externa, visto que, causa alterações orgânicas e físicas nos indivíduos.


Dessa forma modifica como a pessoa se comporta em determinados ambiente seja ele escolar ou não.Demonstrações de afetividade, muitas vezes não são perceptíveis, visto que as modificações ocorrem internamente e provoca sensações boas no organismo de quem as vive.


Galvão (1995, pg.61-62) relata que:


As emoções, possuem características especificas que as distinguem de outras manifestações da afetividade. São sempre acompanhadas de alterações orgânicas, como a aceleração dos batimentos cardíacos, mudanças no ritmo da respiração, dificuldades na digestão, secura na boca. Além dessas variações no funcionamento neurovegetativo, perceptíveis para quem as vive, as emoções provocam alterações na mímica facial, na postura, na forma como são executados os gestos. Acompanham-se de modificações visíveis do exterior, expressivas, que são responsáveis por seu caráter altamente contagioso e por seu mobilizador do meio humano.
Estar confortável com o ambiente em que  convive e se relaciona, faz com que emoções positivas sejam desencadeadas, facilitando a aprendizagem, tanto em crianças como em adolescentes, jovens e adultos.


Segundo Funayama (2000, pg.20) relata que:

 

Manter –se a auto-estima da criança, chave para a motivação no aprendizado, poder-se-ão introduzir, em seu benefício, técnicas avançadas hoje em estudo, como a estimulação cortical direita ou esquerda”.
 [...] A aplicação de estratégias para o desenvolvimento cognitivo do bebê, linha mestra de muitas instituições de ensino e de pesquisa educacional, deve contemplar estes quesitos, para que a criança mais tarde não necessite do resgate de sua auto- estima, para tratamento de seu fracasso escolar.


Se o sentimento for negativo e tiver relação com alguma aparência física, ou relacionada a sua capacidade cognitiva, por apresentar dificuldade na aprendizagem, o processo é ainda mais doloroso. Isso pode ser visto pelos colegas de grupo como um aspecto diferente. “SER OU PARECER DIFERENTEpara os adolescentes nem sempre é bem aceito. Esse tipo de emoção, se não trabalhado pode gerar apelidos, e estes são muito ruins, podendo ocasionar o bullying, que é uma ação praticada por indivíduos  dentro de ambientes escolares ou não escolares, de forma intencional, agressiva, que gera dor e sofrimento ao indivíduo que não consegue se defender, trazendo danos tão intensos, que podem levar a perda de vontade viver e até ao atentado contra própria vida.


Ao longo dos anos acompanhei crianças, adolescentes, jovens que chegaram até mim, relatando sentir o coração acelerado, mãos suando, e até dificuldade para respirar. Alguns choravam por um tempo de forma intensa, outros ficavam em silêncio. A dor emocional era tanta, que não se conseguia falar do que as fazia sofrer.  Aos poucos, com trabalho de respiração controlada e volta a calma, iam se sentindo melhores. Alguns necessitavam de acompanhamento de outros profissionais psicólogos, tamanha gravidade. Ao se sentirem mais calmos, relatavam que não se sentiam bem consigo, que alguém não os aceitava como era. Por inúmeras questões (aparência física, gênero, imagem corporal interna).

 

Alguns demonstravam que a tristeza tinha relação com o fato de não ser ouvido pelos pares, colegas e pela família. Esse sofrimento era tão intenso que gerava crises de ansiedade, perda de vontade de frequentar ou estar com pessoas, sejam na escola ou no ambiente familiar. Preferiam ficar sozinhas na companhia do celular ou dos amigos virtuais.


Com passar do tempo e com várias conversas, escuta, atendimento personalizado, iam se sentindo melhor, conseguiam controlar melhor as emoções e a motivação para os estudos iam retomando.
O ato da escuta traz confiança, pois não deve haver julgamentos e o fato de não estar sendo julgado, faz com que o processo de cura se inicie.


Partindo deste contexto, darei um exemplo de uma dinâmica que pode ser realizado com vários públicos e por diversas profissionais( Professor, pedagogo, psicopedagogo), ou por aqueles que se interessam pelo assunto. È uma Carta  que consiste em demonstrar pontos positivos de uma pessoa podendo ser elogios profissionais ou pessoais. 

 

Essa dinâmica, foca nos seguintes objetivos:

Fortalecimento dos vínculos afetivos.
♦ Estabelece o vínculo de confiança entre os pares.
♦ Proporciona a empatia pela angústia do outro.

♦ Estimula a autoconfiança, prazer ao ser elogiada

 

 

 

 

Utilizando a dinâmica da flor, que não é uma criação minha, desconheço o autor, e aqui deixo os créditos a quem criou. Fiz adaptações e as utilizo na psicopedagogia, com aprendente.Propicia um elo de confiança entre o profissional o paciente e a família. O paciente/aprendente leva para casa e faz descoberta junto com a família. Na sessão seguinte realiza-se uma conversa sobre os acontecimentos durante a execução da dinâmica. A dinâmica consiste em uma carta escrita pelo professional, mas não é uma carta qualquer!


Trabalhar as emoções facilita o processo de intervenção, faz com que o indivíduo reestabeleça sua confiança e sua autoestima, motivando-o para a aprendizagem.

 

Faça e veja os resultados!

 

Por: Luzia de Matos. Psicopedagoga/ Pedagoga/Professora. Especialização em Gestão de pessoas/ Educação de Jovens e Adultos.

 

 

Referências:

Dinâmica da flor- autor desconhecido.
Funayama, Carolina Araujo Rodrigues. Problemas de aprendizagem. Campinas, SP: editora Alínea,2000.
Galvão, Izabel. Henri Wallon: uma concepção dialética do desenvolvimento infantil. Petrópolis, RJ: Vozes,1995.